Extravio
Riscar o papel
não o corpo. Este já vai assim
por um triz, na vida. E havia luz
quando na sombra fez o inventário
das horas passadas e que estão por vir.
Entre as duas resta um milagre. Uma
que urra e deixa no ar a rara felicidade
de dizer o indizível, nesse lugar de falta grave.
Riscar um verso ao rés da vida.
Quem sabe, a via pode ser uma saída.
Mário Alex Rosa, em Via férrea
Bela poesia.
ResponderExcluirBom fim de semana.
ResponderExcluirGosto de poemas que falem de estradas, caminhos, saídas, vias. Não conheço o Mário Alex Rosa, mas gostei do poema. Mais um na lista de "a conhecer"! :-) Obrigada, Ci!
Beijos,
p.s. - Ainda viajo aqui na Rapsody in blue...
QUIZÁS SI.
ResponderExcluirUN ABRAZO
E aí, Ci!
ResponderExcluirGershwin é ímpar... tomando carona no texto, é um extravio na mesmice.
BJo