Quando a melancolia enche o sol, o esvazia do
seu brilho, faz baço o amarelo do rebordo, apaga
os fios de fogo que da sua esfera fulgem, pego
nele e ponho-o na travessa do bolo. Com a faca,
corto-o; e ofereço-te
uma fatia de sol, que levas à boca; e ele volta a brilhar,
iluminando-te os lábios, os olhos,
o rosto. Então, beijo-te: e é como se
tocasse o sol, como se a sua chama me queimasse,
sem doer, ou como se a sua luz entrasse por dentro
de mim, quando a sobremesa
chega ao fim.
Nuno Júdice, em Por dentro do fruto a chuva
É daquels sobremesas gostosas e nao engorda.
ResponderExcluirKandandu
Bjs
É uma sobremesa que nos mantém em forma!
Excluirkandandu
beijoss
Ci, querida amiga, a metáfora que fiz no meu post pode parecer etérea, mas Krishna, o deus-menino era muito ligado à terra. Krishna representa o jovem que hoje está nas ruas exigindo mudanças para o nosso país. Na próxima postagem vou colocar por lá esse viés mais realista e terreno. Já o fiz no facebook [risos], hoje.
ResponderExcluirEssa melancia faz-me lembrar um episódio da minha juventude quando uma professora veio me alertar sobre o meu jornalzinho escolar, tido como "de esquerda", ela me dizia:"- Tu és igualzinha uma melancia, verde por fora, mas vermelha por dentro."
Beijinhos...
Adoro melancia :) acho uma das frutas mais bonitas e saborosas que temos... mas essa imagem acima, não é uma melancia, é uma parte interna do sol :)
ResponderExcluirbeijosss
Muito bonita essa imagem da fatia de um sol melancólico levada à boca e brilhando novamente! :-) Achados poéticos sempre impressionam.
ResponderExcluirBeijos, Ci!
SIEMPRE BRILLANTE LO QUE NOS COMPARTES.
ResponderExcluirUN ABRAZO