os cotovelos batem folhas da luz
um pouco abaixo do silêncio. Quero saber o nome de quem morre:
um pouco abaixo do silêncio. Quero saber o nome de quem morre:
o vestido de ar ardendo,
os pés e movimento no meio
do meu coração.
do meu coração.
O nome: madeira que arqueja, seca desde o fundo
do seu tempo vegetal coarctado.
do seu tempo vegetal coarctado.
E ao abrir-se a toalha viva, o
nome: a beleza a voltar-se para trás,
com seus pulmões de algodão queimando
nome: a beleza a voltar-se para trás,
com seus pulmões de algodão queimando
.
Uma serpente de ouro abraça os quadris
negros e molhados. E a água que se debruça
olha a loucura com seu nome: indecifrável cego.
negros e molhados. E a água que se debruça
olha a loucura com seu nome: indecifrável cego.
Herberto Helder, Funchal, Ilha da Madeira - (1930- )
Surpreende e encanta desde o título! :-)
ResponderExcluirVir aqui continua sendo um redescobrir do mundo.
Beijos, Ci!
METÁFORAS MUY INTERESANTE. GRAN TEXTO. GRACIAS.
ResponderExcluirUN ABRAZO