rasgar as entranhas do silêncio
desmanchar os nós costurados
no corpo; fazer do grito um campanário
de palavras a ecoar no espaço
do sangue jorrado das feridas
pincelar as paredes da alma
natureza morta empalhada
em moldura
das cavernas que sou
não consigo decifrar as palavras
que ecoam saltam como pirilampos
meus pensamentos se dispersam
em círculos, desconexos...
nos interstícios do corpo
dor e prazer se entrelaçam
nas bordas da vida sol e lua
luz e sombra
vida e morte demarcando os dias...
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