A vida, como um comentário de outra coisa que não alcançamos, e que está aí ao alcance do salto que não demos.
A vida, um balé sobre um tema histórico, uma história sobre um fato vivido, um fato vivido sobre um fato real.
A vida, fotografia do número, possessão nas trevas (mulher, monstro?), a vida, proxeneta da morte, esplêndido baralho, tarô de claves esquecidas que umas mãos reumáticas rebaixam a uma triste paciência solitária.
"O jogo da amarelinha" - Julio Cortázar
Robert Morris
O sonho estava composto como uma torre formada por camadas sem fim, que se ergueram e se perderam no infinito, ou desceram em círculos, perdendendo-se nas entranhas da terra. Quando me arrastou em suas ondas, a espiral começou e essa espiral era um labirinto. Não havia nem teto nem fundo, nem paredes nem regresso. Contudo, havia temas que se repetiam com exatidão.
Anaïs Nin, em "Winter of Artifice"
* Livro dos mortos, ou inscrição em um escaravelho (frase do cabeçalho)
Que grande texto sobre a matéria dos sonhos e de como nos podemos perder (ou encontrar) neles...
ResponderExcluirBeijo :)