Quando os lemos, tal leitura esconde
o visto e o não visto nos pespontos.
Se algo clama, não sabemos onde.
Desses muitos livros nos livramos
como quem se esquece de si mesmo.
Num dia a árvore perde os ramos,
noutro as raízes, e vai a esmo
até perder o ar que nunca teve,
a música, a memória, o chão
que não conhece e que não reteve
uma só lembrança dos que vão
à míngua, de milênio em milênio.
Entretanto, nada disso importa.
Urge voltar, e vencer o gênio
que outrora nos fechara a porta.
Iacyr Anderson Freitas, em Poesia Sempre - Patrocínio do Muriaé(MG), 1963.
MUY COHERENTES LETRAS.
ResponderExcluirUN ABRAZO