Han Yu, poeta chinês do séc. VIII
"Tudo ressoa, mal se rompe o equilíbrio das coisas. As árvores e as ervas são silenciosas: se o vento as agita, elas ressoam. A água está silenciosa: o ar a move, e ela ressoa. As ondas mugem: é que algo as oprime. A cascata se precipita: é porque falta-lhe solo. O lago ferve: algo o aquece. Os metais e as pedras são mudos, mas ressoam se algo os golpeia. Assim também o homem. Se fala, é porque não pode conter-se. Se se emociona, canta. Se sofre, lamenta-se. Tudo o que sai de sua boca em forma de som se deve a um rompimento do seu equilíbrio... A palavra é o mais perfeito dos sons humanos; a literatura, por sua vez, é a mais perfeita forma de palavra. E assim, quando o equilíbrio se rompe, o céu escolhe entre os homens os que são mais sensíveis e os faz ressoarem."
Belo texto, Ci. Poético, filosófico, profundo. No desequilíbrio, a criação! Quando algo se insurge, algo se cria. A própria vida é fruto dessa espécie de rebeldia. Um belíssimo, íssimo, íssimo texto. Amo tua sensibilidade. :-)
ResponderExcluirBeijos,
Ci,
ResponderExcluirEnquanto lia, ia pensando: que bom é ressoar, que bom é haver movimento, assim as coisas acontecem.
A última frase, porém, deixou-me em êxtase. Que coisa linda!
Beijo :)
GUAU..!! TREMENDO CIERRE. GENIAL Y COHERENTE.
ResponderExcluirUN ABRAZO
e nos faz chorar...
ResponderExcluirBeijo, Ci!
Bom fim de semana!
Cirandeira, belo texto! Estou de volta nas barcaças (lentamente). Portanto, voltando a ler os blogs e o seu arrebata o meu olhar, o meu querer! Um beijo imenso! Parabéns!
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