DE CHARLES BUKOWSKI (1920-1994)

Arder na água, afogar-se no fogo. O mais importante é saber atravessar o fogo.

28/02/2011

L'obscurité des eaux


Escucho resonar el agua que cae en mi sueño.

Las palabras caen como el agua yo caigo.

Dibujo en mis ojos, nado en mis aguas,

me digo mis silencios. Toda la noche

espero que mi lenguaje logre configurarme.

Y pienso en el viento que viene a mi,

permanece en mi. Toda la noche he caminado

bajo la lluvia desconocida. A mi me han dado

un silencio pleno de formas y visiones (dices).

Y corres desolada

como el único pájaro en el viento.


Alejandra Pizarnic, Buenos Aires (1936-1972)


*****
A obscuridade das águas


Escuto o ressonar da água
que cai em meu sonho.
As palavras caem como a água
eu caio. Desenho em meus olhos
nado em minhas águas, digo-me meus silêncios.
Toda noite espero que minha linguagem me configure.
E penso que o vento que chega a mim
permanece em mim. Caminhei toda a noite
sob a chuva desconhecida.
A mim deram um silêncio cheio
de formas e visões (dizes).
E corres desolada como o único pássaro ao vento.


Tradução livre

Um comentário:

  1. RECIENTEMENTE LEÍ MUCHOS POEMAS DE ALEJANDRA. ME PARECE QUE ELLA DEJO MUCHO PENSAMIENTOS HERMOSOS.
    GRACIA POR COMPARTIR

    ResponderExcluir