A baba do boi é do boi
O berro do boi é do boi
A dor do boi é do boi
A morte do boi é do boi
Mas o boi não é do boi
O carro de boi não é do boi
A bosta de boi não é do boi
A língua de boi não é do boi
A costela de boi não é do boi
O chifre de boi não é do boi
O couro de boi não é do boi
A carne de boi não é do boi
Não é do boi o bumba-meu boi
Quase nada do boi é do boi
Quase tudo do boi é do homem
E o que é do homem o bicho não come
Celso Borges, São Luís(MA) - 1959-
Êta delícia! Essa cultura popular tem uma força incrível; somos levados pelo ritmo, pelo tempo dos versos e uma memória ancestral nos arrasta por espaços e tempos imemoráveis. É esse medievalismo presente nas canções de Elomar, presente nas manifestações populares. A força do Boi no Maranhão. Beijos, Cirandeira!
ResponderExcluirRita, quando vejo ou ouço ou leio algo sobre
ResponderExcluira nossa cultura fico realmente muito emocionada
e o bumba-meu-boi, em particular, me toca profundamente. Acho uma manifestação belíssima!
Lembra-me minha infância, eu ficava tão fascinada que sentia medo, mas queria sair atrás pra acompanhar as brincadeiras da catirina, dançar sob o batuque daqueles tambores, um sentimento maravilhoso! Mas, como disse muito bem o poeta, "quase nada do boi é do boi"...
beijos