Paul Cézanne
Qué veo en esta mesa: tigres, Borges, tijeras,
mariposas
que no volaron nunca, huesos
que no moveron esta mano, venas
vacias, tabla insondable?
Ceguera veo, espetáculo
de locura veo, cosas que hablan solas
por hablar, por precipitarse
hacia la exiguidad de esta especie
de beso que las aproxima, tu cara veo
*****
Que vejo nesta mesa: tigres, Borges, tesouras,
mariposas
que nunca voarão, ossos
que não moverão esta mão, veias
vazias, mesa insondável?
Vejo cegueira,
vejo espetáculo
de loucura, coisas que falam somente
por falar, para precipitar-se
até a exiguidade desta espécie
de beijo que as aproxima,
vejo teu rosto
Gonzalo Rojas, poeta chileno que faleceu hoje, aos 93 anos.
(1917-2011) - Tradução livre
Que poema, hein! E eu com as minhas duvidosas naturezas-mortas...
ResponderExcluirBeijo.
Saudades daqui!
ResponderExcluirContinua belo e inspirador!
Abs!
Que bonito! Eu não conhecia. E que linda imagem do Atacama. Está nos meus planos um dia viajar até ele.
ResponderExcluirbeijos
Primeira vez no seu blog. Que lindo, parabéns!
ResponderExcluirBibiana
TREMENDO ESCRITO. TREMENDO TRIBUTO A ESTE GRAN POETA.
ResponderExcluirUN ABRAZO
Oi Bibiana, obrigada pela visita, seja
ResponderExcluirbem-vinda e volte sempre!