É uma escada em caracol
e que não tem corrimão.
Vai a caminho do Sol
mas nunca passa do chão.
Os degraus, quanto mais altos,
mais estragados estão,
nem sustos nem sobressaltos
servem sequer de lição.
Quem tem medo não a sobe,
quem tem sonhos também não.
Há quem chegue a deitar fora
o lastro do coração.
Sobe-se numa corrida.
Corre-se p'rigos em vão.
Advinhaste: é a vida
a escada sem corrimão.
David Mourão-Ferreira, Lisboa (1927-1996)
Cirandeira...
ResponderExcluira vida é assim mesmo...
uma escada sem corrimão...
uma escada...sem proteção...
ou nos atiramos...ou não...
Mais tarde...vou colocar outra foto...lá no Mínimo...para a brincadeira continuar...
outra foto...outra idéia...
Beijos
Leca
[evocar Mourão-Ferreira é como retomar a ponta do dia, ainda que este já se pareça com o seu fim]
ResponderExcluirum imenso abraço,
Leonardo B.
O final do dia é o começo da noite prenunciando
ResponderExcluiro início de um outro dia...!?
Obrigada pela visita
Um grande abraço
Alegórico poema, dá pra pensar.
ResponderExcluirAbrazo,Ignacio
Uma postagem excelente, que não foi fita em escada de caracol.
ResponderExcluirBeijo :)
Que ascendência conquisto quando te visito.É a vida em poesia.
ResponderExcluirPassei um tempo por aqui desfrutando de seu ponto lírico.
Postei SONHO em
www.cristinasiqueira.blogspot.com
e entrevistei Bruna Lombardi em
www.euamotrancoso.blogspot.com
Sua visita é esperada.
Com carinho
Cris