Marcel Duchamp
.............
II
Todos os caminhos - nenhum caminho
Muitos caminhos - nenhum caminho
Nenhum caminho - a maldição dos poetas
V
Escrever nem uma coisa - Nem outra -
A fim de dizer todas
Ou, pelo menos, nenhumas.
Assim,
ao poeta faz bem
Desexplicar -
Tanto quanto escrever acende os vaga-lumes.
VI
No que o homem se torne coisal,
corrompem-se nele os veios comuns do entendimento.
Um subtexto se aloja.
Instala-se uma agramaticalidade quase insana,
que empoema o sentido das palavras.
Aflora uma linguagem de defloramentos, um inauguramento de
falas
Coisa tão velha como andar a pé
Esses vareios do dizer
"Retrato quase apagado em que se pode ver perfeitamente nada"
Manoel de Barros, Cuiabá(MT) - (1916- )
Cirandeira...
ResponderExcluirum retrato...
quase apagado...
é um caminho quase desfeito...
Amei...
"vareios do dizer"
Beijos
Leca
Olá!
ResponderExcluirMolhei meus sonhos nas àguas que jorram do logo.
Beijos!
É como diz o poeta: "empoema o sentido das palavras"...!!!
ResponderExcluirHuummm Carol, olha que essas águas estão te transformando numa poeta!, né não?
ResponderExcluirse siente libertad!!!!
ResponderExcluirun abrazo
Muito interessante esta divagação.
ResponderExcluirBeijo :)
Ci, como no retrato de Dorian Gray, os retratos vão tomando a forma de seus donos, uns enfeiam, outros desbotam e outros permanecem intactos.
ResponderExcluirP.S. Esse janela está aberta bem ao lado da imagem das mangas. Que mangas! De dar água na boca :)
Muito bem lembrado! ainda não tinha me ocorrido...
ResponderExcluirEssas mangas...huuummm! Adoro mangas, é uma das
frutas que mais gosto...
ah, manoel de barros...amo!! acabo de comprar um livro dele 'memórias inventadas'...de dar água na boca e nos olhos...
ResponderExcluirbeijos
A poesia de Manoel de Barros é toda ela uma fonte de águas sempre renováveis!
ResponderExcluirBeijos, Andrea.