Jardins do Palais-Royal, Paris
Faça sol ou faça chuva, tenho o costume de passear, lá pelas cinco da tarde, no Palais-Royal. Posso ser visto, sempre sozinho, a divagar no banco de Argenson. Entretenho-me comigo mesmo, conversando sobre política, amor, gosto ou filosofia. Abandono meu espírito a toda sua libertinagem, deixo-o livre para seguir a primeira ideia sábia ou tola que lhe ocorra, tal como se pode ver, na aléa de Foy, nossos jovens dissolutos a seguir os passos de uma cortesã de aspecto volúvel, rosto sorridente, olhar vivaz e nariz arrebitado; deixo uma pela outra, assediando a todas e a nenhuma me atracando. Meus pensamentos são minhas meretrizes.
Denis Diderot, O sobrinho de Rameau
Ora, o meu Diderot de cabeceira! Muito bom.
ResponderExcluirBeijo.
Transmissão de pensamento?
ResponderExcluirDomingo passado assisti a um filme com Michelle Pfiffer (Cherri) que só poderia se basear nesse autor...
Ótimo final de semana, amiga Cirandeira!!!Bjsss
siempre es un gusto visitar tu espacio.
ResponderExcluirun abrazo
Diderot...
ResponderExcluire suas cortesãs...
adoro...
beijos
Leca
Muito interessante!
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