Dizem que meu povo
é alegre e pacífico.
Eu digo que meu povo
aprendeu com as argilas
e os bons senhores de engenho
a conhecer seu lugar.
Eu digo que meu povo
deve ser respeitado
como qualquer ânsia desconhecida
da natureza.
Dizem que meu povo
não sabe escovar-se
nem escolher seu destino.
Eu digo que meu povo
é uma pedra inflamada
rolando e crescendo
do interior para o mar.
Alberto da Cunha Melo, sociólogo, jornalista e poeta, nascido em Jaboatão dos Guararapes(PE) - 1942-2007
Muito bom.
ResponderExcluirE estava certo, o Alberto.
Abç fra/terno